O espaço é produzido por orientações
humanas que se inter-relaciona com o natural, o transformando. Assim, as
relações entre os seres humanos e a natureza se consolidam no espaço. Logo, a
visibilidade e a dizibilidade articulam o espaço e o enuncia. Paralelamente, há
a produção das práticas discursivas e não discursivas que recortam e produzem
os espaços. Por conseguinte, o procedimento historiográfico busca o
entendimento da História Regional, no qual o Espaço é visto como espaço
geográfico ou espaço de produção, onde esta área do conhecimento faz uma
análise ostensiva à reprodução regional. Em decorrência, a História Regional
torna-se um produto das forças políticas que a cerca, na qual o campo
historiográfico está recortado por relações de poder que demarcam o discurso
historiográfico. Some-se a isto, que os historiadores ligados à História
Regional aceitam os ditames dos lugares hierarquicamente diferenciados no campo
historiográfico. Portanto, para
correlacionarmos História e Espaço devemos utilizar diversas fontes,
desde o discurso acadêmico até publicações em jornais, buscando entender as
relações de poder presentes nesta perspectiva, onde o natural fica em segundo
plano na perspectiva cultural.Dessa forma, vimos e falamos sobre a Região,
percebendo a sua materialidade, como identidade, pois os autores que buscam o
seu entendimento são grandes emissores de signos, que deram textos e imagens à
região. Então, há uma variada rede de relações que atravessam o social; onde os
documentos são desieraquizados, ou seja, não há tom de mais importante de um em
relação ao outro, porque as transformações históricas que possibilitam a idéia
de Região, logo o olhar sobre o espaço passa pelas marcas do saber histórico,
rompendo com a antiga dualidade natural/geográfico.
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