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domingo, 16 de fevereiro de 2014

ARTIGO 1 ANALISE SOBRE O ESPAÇO, ENQUANTO LUGAR DE APROPRIAÇÕES DE PRÁTICAS CULTURAIS




A História está diretamente relacionada ao espaço. Logo, qualquer acontecimento histórico ocorre no Espaço. Assim, o Espaço passa por atos de apropriação e desapropriação ao longo da História. Em decorrência, o espaço torna-se vital nas relações sociais, documento elencado tanto através de sua visibilidade quanto dizibilidade. Paralelamente, é uma construção material diretamente ligada aos suportes conceituais, sejam eles, espaço, território, lugar, paisagem, correlacionado as suas dimensões históricas através das mais diversas ações. Neste sentido, o espaço ultrapassa os conceitos de disciplinas específicas, ligando as mais diversas áreas do conhecimento. Por conseguinte, os homens constroem e reconstrói infinitivamente o espaço e os fatores naturais reafirmam a presença humana sobre os mesmos. Além disso, a produção histórica dos espaços passa ao clivo da ciência histórica com objetividade e clareza, onde os processos históricos de apropriação e uso do solo são pensados sob o enfoque historiográfico atual. Também, há entendimentos dos conceitos de história e Espaço dando ênfase a uma história política e cultural das espacialidades, nos quais as identidades espaciais, sejam elas nacionais, regionais, locais, entre outros, possam ser pensados com objetos historiográficos. Vale salientar que pensar o espaço a luz da História e se debruçar sobre todas as relações sociais aí presentes, sejam públicos ou privados, elecando todos os movimentos presentes nestes locais, ou seja, os movimentos estéticos, literários, culturais e suas percepções espaciais. Enfim, como afirma Certeau, o espaço é um lugar praticado, isto é, é um lugar que existe com marcas humanas, fugindo do próprio conceito natural para atingir o cultural, não algo estático, mas algo agitado, demarcado pelo movimento humano que o constrói e reconstrói constantemente ao longo da história.

FONTE:

CERTEAU, Michel de. A Invenção do Cotidiano. I. Petrópolis: Vozes, 1994. “Práticas de espaço”, p. 169-220.

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