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sábado, 2 de fevereiro de 2013

CULTURA E CIVILIZAÇÃO


Cultura e civilização


FIGURA: CIVILIZAÇAÕ HEBRAICA

Segundo a antropologia a cultura é o conjunto de ações sociais de um grupo humano, cada grupo possui a sua própria cultura, ou seja, crença, técnicas, costumes, valores e padrões de comportamento. Por mais que cada comunidade tenha a sua própria cultura, cada uma avança em diferentes níveis de complexidade. 
Assim, podemos classificar três estágios de evolução por qual a sociedades humanas passaram: 
Selvageria: período em que as populações se organizavam em clãs ou tribos do, nomadismo, economia de coleta, a matéria-prima mais importante era a pedra.
 
Barbárie: período da produção de alimetos, evolução da agricultura e da atividade pastoril, crescimento demográfico, utilização dos metais. 

Civilização: período em que se desenvolve a vida urbana, descoberta da escrita, sociedade complexa, religião institucionalizada, composição do Estado. 
É importante lembrar que o termo evolução, usado para designar os estágios evolutivos de um grupo humano, não envolve qualquer juízo de valor, nem considerações de ordem moral ou ética, seu significado é meramente técnico.
FONTE:

CONCEITO DE CIVILIZAÇÃO


JARDIM SUSPENSO DA BABILÔNIA


Civilização é o estágio de desenvolvimento cultural em que se encontra um determinado povo. Este desenvolvimento cultural é representando pelas técnicas dominadas, relações sociais, crenças, fatores econômicos e criação artística.

O desenvolvimento de uma civilização ocorre lentamente, logo é um processo. Vários fatores podem influenciar no desenvolvimento de uma civilização como, por exemplo, recursos naturais de uma região, clima, proximidade com outra civilização, liderança exercida por um determinado período, etc. Uma civilização pode ser movida pela vontade, de seu povo ou liderança, de acumular riquezas, obter conhecimentos úteis, dominar militarmente outras regiões ou até mesmo buscar a qualidade de vida para as pessoas.

Durante a história, tivemos o desenvolvimento de diversas civilizações com características diferentes. 

A civilização egípcia, por exemplo, caracterizou-se pela concentração de poder e riquezas materiais nas mãos do faraó. Desenvolveram vários conhecimentos com objetivo religioso (preservar o corpo e as riquezas para uma vida após a morte).

A civilização grega se desenvolveu com intuito de aprimorar as capacidades intelectuais, físicas e políticas. Neste contexto, desenvolveram a democracia, as artes, o teatro e muito mais.

A civilização romana dedicou-se ao domínio militar de amplas regiões, como forma de obter poder econômico. Para dominar e organizar as províncias, desenvolver um complexo sistema de leis. Também criaram técnicas de batalha e armamentos sofisticados para a época.
FONTE:

A CIVILIZAÇÃO EGÍPCIA


O QUE É UMA CIVILIZAÇÃO?




Além de designar determinada forma de organização social e cultural, o termo civilização também deriva do verbo "civilizar",  que significa educar alguém de maneira a torná-lo apto a conviver com as outras pessoas dentro dos modelos de conduta de uma sociedade.

FONTE:
VICENTINO, Cláudio. Projeto Radis: História. São Paulo: Scipione, 2009.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

HISTÓRIA ANTIGA: DIVISÃO




Introdução 
A História Antiga é uma época histórica que coincide com o surgimento e desenvolvimento das primeiras civilizações, também conhecidas como civilizações antigas. De acordo com a historiografia, o início deste período é marcado pelo surgimento da escrita (por volta de 4.000 a.C), que representa também o fim da Pré-História. De acordo com este sistema de periodização histórica, a Antiguidade vai até o século V, com a queda do Império Romano do Ocidente após as invasões dos povos germânicos (bárbaros).
Principais características históricas desta época:
- Surgimento e desenvolvimento da vida urbana;
- Poder político centralizado nas mãos de reis;
- Sociedade marcada pela estratificação social;
- Desenvolvimento de religiões (maioria politeístas) organizadas;
- Militarização e ocorrências constantes de guerras entre povos;
- Desenvolvimento e fortalecimento do comércio;
- Desenvolvimento do sistema de cobrança de impostos e obrigações sociais;
- Criação de sistemas jurídicos (leis);
- Desenvolvimento cultural e artístico.
Principais povos e civilizações antigas:
FONTE:

HISTÓRIA ANTIGA: CONCEITO



História Antiga é um domínio de estudos que se estende desde o aparecimento da escrita cuneiforme (cerca de 4000 a.C.) até a tomada do Império Romano do Ocidente pelos povosbárbaros (476 d.C.).Esse vasto período da humanidade inclui muitas civilizações, não somente na Europa. Nesse período os vários povos influenciaram e também receberam influências fundamentais de outros povos.
Também deve-se levar em conta que essa periodização está relacionada à História da Europa e também do Oriente Próximo como precursor das civilizações que se desenvolveram no Mediterrâneo, culminando com Roma. Essa visão se consolidou com a historiografia positivistaque surgiu no século XIX, que fez da escrita da história uma ciência e uma disciplina acadêmica. Se repensarmos os critérios que definem o que é a Antiguidade no resto do mundo, é possível pensar em outros critérios e datas balizadoras.

FONTE:

HISTÓRIA ANTIGA: APRESENTAÇÃO


O Estudo da História Antiga é essencial para entendermos as nuances de nossa História Atual.
Vale salientar que estudamos as grandes civilizações do mundo! Além disso, após vários debates estamos estudando também a HISTÓRIA DA ÁFRICA ANTIGA!
Sejam bem-vindos ao nosso círculo de discussões!

Blog do Geraldo Oliveira: Eleito com 56 votos, Renan Calheiros volta ao coma...

Blog do Geraldo Oliveira: Eleito com 56 votos, Renan Calheiros volta ao coma...: O Senado elegeu nesta sexta-feira (1º), com 56 votos, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) como presidente da Casa e do Congresso Naciona...

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

BLOG - Professor Antônio Neves: NEGLIGENCIADA POR ESTADOS E MUNICÍPIOS, LEI DO PIS...

BLOG - Professor Antônio Neves: NEGLIGENCIADA POR ESTADOS E MUNICÍPIOS, LEI DO PIS...: Ministro da Educação reconhece dificuldade para Estados e municípios pagarem piso do magistério O ministro da Educação, Aloizio Mercada...

VÍDEO: LAJEDO DE SOLEDADE (APODI-RN)

PRÉ-HISTÓRIA: CONSIDERAÇÕES FINAIS!

O Mês de Janeiro veio recheado de POSTS sobre a Pré-história. Desta forma, partimos do Global, depois o Regional e por fim o local. 
Vale salientar que estudamos a Pré-história, seus conceitos e desafios. Em seguida, buscamos entender a Pré-História da América e do Brasil.
Por fim, buscamos entender a Pré-História do Rio Grande do Norte, destacando os principais pontos e correlacionando marcos locais da Pré-História de Caicó e da Região do Seridó. Além disso, enaltecemos o grande hsitoriador Helder Macêdo.
Em fevereiro, iniciaremos as postagens sobre a História Antiga!

Eliezer Dantas: VEJA VÍDEO DO ARRASTÃO DA EDUCAÇÃO "ME DÁ O DINHEI...

Eliezer Dantas: VEJA VÍDEO DO ARRASTÃO DA EDUCAÇÃO "ME DÁ O DINHEI...: Aconteceu na no fim da tarde desta terça-feira (29) um   Arrastão da Educação de Caicó , pelo pagamento integral e imediato do salário d...

Cidade Aflita: Polícia Federal faz investigação no Detran de Caic...

Cidade Aflita: Polícia Federal faz investigação no Detran de Caic...: O blogue soube que o Detran de Caicó está sendo investigado pela Polícia Federal. Se forem encontradas provas consideradas gravíssimas o r...

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Cidade Aflita: Iate Clube de Caicó poderá reabrir brevemente

Cidade Aflita: Iate Clube de Caicó poderá reabrir brevemente: O balneário do Caicó Iate Clube deverá abrir pelo menos parcialmente nos próximos dias. Ou seja, não como antigamente funcionava com serv...

Blog do Geraldo Oliveira: Bombeiros do RN farão pente fino nas casas noturna...

Blog do Geraldo Oliveira: Bombeiros do RN farão pente fino nas casas noturna...: Desde segunda feira, dia 28, os profissionais que atuam no Serviço Técnico de Engenharia do Corpo de Bombeiros do RN estão empenhados na...

Valdecy Alves: ARTE RUPESTRE - CAVERNA MÍTICA E CANGAÇO NA SERTÃO...

Valdecy Alves: ARTE RUPESTRE - CAVERNA MÍTICA E CANGAÇO NA SERTÃO...: Ao lado de desenho pré-histórico - Itaquatiara - Gruta da Caridade - Caicó - RN - Dezembro/2012 (Fotos de Valdecy Alves/Mara Paula - Que...

SÍTIO PINTADO


Localizado a Norte do município de Timbaúba dos Batistas e próximo à Escola Municipal Tenente Clementino Batista de Araújo, o sítio é formado por diversos blocos de pedra contendo gravuras da Tradição das Itaquatiaras; em alguns dos blocos a camada que reveste a rocha onde estão as gravuras está se erodindo.

FONTE:

GRUTA DA CARIDADE


Também conhecida como Casa de Pedra, fica localizada na Serra da Cruz, no município de Caicó-RN. Trata-se de uma caverna, com vegetação e ambiente próprios, onde, na parte externa, existe um painel de gravuras rupestres, cuja área decorada é de aproximadamente 1,82 m2. Há predominância de grafismos geométricos, característica da Tradição das Itaquatiaras.

FONTE:

HELDER MACÊDO: UM GÊNIO DO SERTÃO POTIGUAR

Helder Alexandre Medeiros de Macedo é um Gênio! 
Este pesquisador é um desbravador da Pré-história Potiguar e um grande descobridor das riquezas seridoenses!
De acordo com o Currículo Lattes o mesmo é:
Historiador (2002) com as habilitações de licenciado e bacharel pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte, instituição que também lhe conferiu os títulos de Especialista em Patrimônio Histórico-Cultural e Turismo (2005) e Mestre em História (2007), com área de concentração em História e Espaços. Atuou como professor de ensino superior (graduação e pós-graduação) na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA), Faculdade do Seridó (FAS) e Universidade Potiguar (UnP). Prestou consultorias na área de patrimônio cultural em diversos inventários no território norte-rio-grandense. Seus interesses de pesquisa estão ligados à história sóciocultural da América portuguesa, índios, negros, mestiçagens, escravidão e patrimônio cultural. Atualmente, é doutorando em História do Norte-Nordeste pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

FONTE:

http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=N381100

Casa Jonas Moraes: Primórdios do sertão nordestino

Casa Jonas Moraes: Primórdios do sertão nordestino: Por: Pedro Salviano Filho (Coluna Histórias da Região - Edição Julho/Agosto 2012 - Jornal de Arcoverde)  Nesta edição, procura-se obse...

TRADIÇÃO DA PINTURA RUPESTRE


1. O termo tradição (Nordeste e Agreste)

O conceito de tradição é geralmente assemelhado entre os modelos adotados pelos estudiosos da pré-história nordestina, onde este apresenta ordenadamente os registros gráficos por um grupo que representa uma identidade cultural com caráter abrangente. A Anne-Marie Pessis tem como atitude principal ao analisar o termo tradição, procurar padrões que permitam com que os materiais rupestres se tornem uma fonte confiável à ciência, não apenas estudando-os descritivamente, mas utilizando os painéis arqueológicos como fontes de pesquisa antropológica, sendo este um modelo pós-processualista. Gabriela Martin utiliza o termo tradiçãosub-tradição eestilo seguindo a mesma ideia da Anne-Marie, mas com cautela, pois se deve, antes de tudo, entender que as pinturas são representações simbólicas tanto de um grupo, como das percepções singulares sobre um ambiente pouco conhecido.
No Rio Grande do Norte, as tradições mais estudadas são Nordeste e a Agreste, visto que são citadas em diversos trabalhos textuais de autores conceituados. Na Nordeste há a predominância de figuras humanas, animais e objetos com sua “leitura” reconhecível, tendo como representantes desta tradição o sítio Mirador em parelhas (Tradição Nordeste e sub-tradição Seridó) com pinturas rupestres que simbolizam, principalmente, a vida cotidiana da pré-história, às vezes trágica e violenta, com figuras possuídas de grande agitação e outras que representam um mundo lúdico e brincalhão, registrados pelo movimento de dança e agilidade das figuras acrobáticas e acredita-se que era um local onde os aborígenes enterravam seus mortos, pois se tende a compreender que existia uma mentalidade desde respeito a pavor, tornam este local distante de suas moradias.
Na tradição Agreste, podemos encontrar grafismos reconhecíveis, especialmente da classe da figura humana, sendo raros os animas. As figuras são representadas paradas, não existindo movimento dinâmico. O lajedo Soledade, uma formação de rocha calcária, cuja origem se deu a na época Cambriana, quando os continentes africanos e sul-americanos ainda se encontravam unidos. O Lajedo fica na cidade de Apodi, no sertão do Rio Grande do Norte. É considerada uma das formações mais antigas do Brasil que à mais de 90 milhões de anos atrás permaneceu coberta pelo mar, e por esse motivo foi possível encontrar animais marinhos fossilizados na região do Lajedo. Com o movimento das placas tectônicas e o recuo da água, essa imensa extensão de rocha calcária ficou exposta, passou a sofreu ação da águas pluviais e dos rios que se formaram entre suas fraturas, o que também alterou a superfície do Lajedo, formando verdadeiros painéis “artísticos” para o simbolismo rupestre.
    2. Uma analise processualista sobre o Lajedo Soledade
    Paulo Tadeu de Albuquerque e Leila Pacheco, no texto “Lajedo Soledade: um estudo interpretativo” levanta a hipótese de um centro cerimonial. Utilizando conhecimentos científicos e modelos explicativos, perceberam que neste território, a mais de 50.000 anos, possuem grandes períodos de seca, sendo assim um local impróprio para uma moradia permanente. Demonstrando que este local era utilizado para cerimônias ritualísticas, pois, as pigmentações utilizadas eram misturadas feitas base de água, sendo que a única área hídrica próxima é a 3 km de distância. Os habitantes, no período de chuva, se dirigiam a este local para realizar, talvez, rituais relativos à chuva. A chuva não seria o objeto, mas um fator que corroborava na realização ritualística. Sem falar que levanta outra questão, a de serem coletados apenas materiais pequenos, afirmando que:
    “[...] ainda que a ocorrência fosse dez vezes maior, ou seja, ainda que tivesse sido encontrado 10% do material que teria sido utilizado nas proximidades do Lajedo, ainda assim seria pouco (PACHECO, L. M. S.; ALBUQUERQUE, P. T. de S., 2000, p. 121).
    Eles não acreditavam na concepção de que os recipientes grandes teriam sido levados pelas chuvas e deixado apenas os pequenos, enfatizando cada vez a veracidade desta hipótese. Também foi percebida a especificidade de cada conjunto rupestre presente nos painéis deste sítio arqueológico, de forma que cada ravina pintada parece ter função especifica o que, deveras, amplia a ideia de centro cerimonial, contudo, não abandona a hipótese deste ter sido um Refúgio para povos em fuga, ou na busca por caça
    Paulo e Leila se utilizam deste método teórico, pois acreditam que se deve conhecer as partes para entender o contexto dos sítios rupestre. Criticam outros arqueólogos que nem mesmo buscam entender o contexto, focalizando apenas nas descrições de imagens rupestres e objetos.

    CONCLUSÃO

    Através deste trabalho, foi-se buscado compreender as diversas vertentes no ramo da arqueologia, onde poderíamos utilizá-las e em qual contexto encaixá-la. O campo arqueológico é uma área do saber humano cheio de peculiaridades e complexidade. Quando utilizo a palavra “complexidade”, me refiro a abrangência de elementos ou partes da área arqueológica, cheia de linhas teóricas a escolher.
    Problemas são visíveis dentro dos museus apontados, relativo à dificuldade de se trabalhar com os achados, visto que são expostos em quase total disparidade. O que se faz necessário é o trabalho de tematização dentro dos museus, compreendendo o estilo, tradição e localidade destes registros, sem correr o risco de cometer anacronismos sobre a pré-história de determinadas civilizações que conviveram neste território a milhares de anos atrás. O conceito de tradição foi trabalhado em conjunto com os pensamentos de Anne-Marie Pessis e da Gabriela Martin. Infelizmente, não foi possível encaixar a origem do conceito “tradição”, provindo do modelo Histórico-cultural. No entanto, o nível de absorção do conhecimento trará frutos futuros para a nossa carreira, cujo caráter de abordagem foi gratificante e instigante.

    FONTE:

AssessoRN.com: Sítio arqueológico no RN recebe melhorias em Carna...

AssessoRN.com: Sítio arqueológico no RN recebe melhorias em Carna...: Foto: pesquisa Google/divulgação A Superintendência do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) no Rio Grande do No...

PRÉ-HISTÓRIA DO RN EM DISCUSSÃO

SÍTIO XIQUE-XIQUE EM PARELHAS - RN
As áreas arqueológicas no estado do RN são ricas em vestígios pré-históricos e mais ainda, vemos que os métodos de análise são deveras diversificados. Percebe-se através dos textos abordados no decorrer deste relatório, que esta concepção é de fato verdadeira. Estudando os textos da Anne-Marie Pessis e Gabriela Martin, estaremos analisando a concepção de tradição das pinturas e registros rupestres sobre os habitantes pré-históricos do nordeste brasileiro, chamando a atenção para o sítio Mirador e Lajedo de Soledade.
Também falando sobre o Lajedo Soledade, Leila M. S. Pacheco e Paulo Tadeu de S. Albuquerque relatam, em seus trabalhos textuais, buscando outra vertente divergente as primeiras. Veremos de onde suas análises se baseiam e qual o modelo arqueológico que permeiam suas concepções, procurando entender quais as contribuições deste estudo para a área da Arqueologia Pré-histórica do Rio Grande do Norte.
Sabe-se que ainda existem questões a cerca destes assuntos que devem ser discutidas, por tanto, este será o pressuposto para diversas análises futuras.

FONTE:

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

PESQUISAS SOBRE A PRÉ-HISTÓRIA DO RN



Definida a partir das pesquisas de Niède GUIDON e outros pesquisadores no Piauí, estendendo-se até outros Estados como a Bahia, Sergipe, Paraíba, Pernambuco, Ceará e Mato Grosso, a Tradição Nordeste é identificada através de figuras de pequeno tamanho, antropomorfas, dotadas de enfeites, ornatos e atributos, os quais caracterizam a figura humana dentro de um contexto social rico: lutas, caças, danças e sexo – como se nos apresentam as pinturas. Os antropomorfos aparecem sempre em posição que sugere movimento e agitação; os que aparecem de perfil parecem estar gritando. Os grafismos dessa tradição são de traço leve e foram pintados com instrumentos finos, permitindo uma acurada técnica de delineação da pintura. A tradição Nordeste não representa somente o cotidiano dos grupos humanos pré-históricos do Nordeste, mas, também, cenas cerimoniais cujo significado ainda não é totalmente compreendido, podendo ser também representação de mitos. Sua presença repetida nos abrigos rupestres torna-se um indicador da tradição, chamado de “emblemático”, na prática, um logotipo desse horizonte cultural; exemplos disso são as cenas de duas figuras humanas, ambas de costas, separadas por tridígitos ou pontos; os chamados “grupos familiares” e as cenas de dança em torno de árvore, com figuras humanas portadoras de ramos nas mãos. A principal cor utilizada é o vermelho, com várias tonalidades, seguido do branco, amarelo, preto, cinza, verde e azul, havendo, constantemente, o uso da policromia. A cronologia dessa tradição inicia-se em torno dos doze mil anos antes do presente, para o Piauí, sendo associada a uma cultura de caçadores coletores que viviam em clima úmido e com recursos hídricos bem mais favoráveis que hoje.
Os novos elementos da tradição Nordeste que aparecem nas pinturas da região do Seridó servem para descontextualizá-las da macrodivisão imposta e caracterizá-la como sendo uma subtradição, que ficou sendo chamada de Subtradição Seridó. A subtradição reflete o contexto geográfico em que se situaram os grupos de caçadores coletores estabelecidos na região seridoense há cerca de 10 mil anos – conforme as datações dos enterramentos presentes em sítios com pinturas desse horizonte cultural -, aparecendo uma grande profusão de pirogas (embarcações toscas), objetos e ornamentos corporais e representação de plantas, dando idéia de paisagem. São constantes temas como a caça, envolvendo animais como veados, emas, tucanos, onças, araras e capivaras; o sexo grupal e a masturbação; dança ritual em torno de árvore e o lúdico, na forma de “jogos”. A sociedade da Subtradição Seridó era estritamente hierárquica, como demonstram as inúmeras representações de antropomorfos com cocares sobre a cabeça, identificadores de sua alta posição social (MACEDO, 1998).

FONTE:

HOMEM PRÉ-HISTÓRICO DO RN



Para Gabriela MARTIN (op. cit., p. 26), “as datas mais antigas que assinalam a presença humana no Rio Grande do Norte foram registradas na região do Seridó”, especificamente nos Sítios Mirador, em Parelhas (9.410 anos) e Pedra do Alexandre, em Carnaúba dos Dantas (9.400 anos), portadores, também, de pinturas rupestres. Os enterramentos humanos do Sítio do Alexandre merecem um destaque especial tanto pela quantidade de esqueletos exumados até 1996 (cerca de vinte e oito), como pela presença de um pequeno mobiliário fúnebre e material lítico associado aos restos ósseos. Registrem-se, ainda, outras datações de 8, 6, 5, 4 e 2 mil anos antes do presente, provenientes do mesmo sítio, além da importância que os rituais funerários têm, hoje, para dar aos arqueólogos elementos para reconstituirem o modo de vida das sociedades primitivas (MARTIN, 1999. 1995-1996).
Os registros rupestres – pinturas e gravuras – são, também, um forte indicativo da presença humana no Rio Grande do Norte pré-histórico, especialmente no que toca à evolução das manifestações artísticas. As pinturas e gravuras estão agrupadas em tradições, termo que Gabriela MARTIN descreve como sendo “a representação visual de todo um universo simbólico primitivo que pode ter sido transmitido durante milênios sem que, necessariamente, as pinturas de uma tradição pertençam aos mesmos grupos étnicos, além do que poderiam estar separados por cronologias muito distantes.” (MARTIN, 1997, p. 240). No Nordeste brasileiro – e também no território potiguar – existem, pelo menos, três grandes tradições:Nordeste, Agreste e Itaquatiara.
 FONTE:

A ANTIGUIDADE DO HOMEM NO RN


Entre o fim do Pleistoceno e o início do Holoceno, as áreas que hoje constituem o Nordeste brasileiro começaram a ser ocupadas por grupos de caçadores que se estabeleceram próximo aos rios e fontes d’água, adaptando-se, assim, às árduas condições dos sertões. Tal ocupação – proveniente da dispersão populacional americana vinda do Velho Mundo e que ainda hoje é cheia de polêmicas e controvérsias (cf. MELLO E ALVIM, 1995-1996; MARTIN, 1997) – já se havia consolidado há 12 milênios do presente, no Piauí e na Bahia, enquanto que para o Rio Grande do Norte as datações radiocarbônicas de enterramentos humanos são de 10 mil anos antes do presente. Por essa mesma época, coabitavam com os grupos humanos espécimes hoje extintas de megafauna, como tigres dentes-de-sabre, mastodontes, paleolamas, preguiças e tatus gigantes, os quais eram abatidos, provavelmente por meio de armadilhas ou de emboscadas (MARTIN, 1999, p. 24-26).

FONTE:

LUCINEIDE MEDEIROS: Descanse em paz meu querido pai...........

LUCINEIDE MEDEIROS: Descanse em paz meu querido pai...........: Com seis anos cheguei em Caicó para morar com meus tios, estudar, quando tinha 16 anos meu pai e minha mãe vieram morar aqui, m...
HOMO ERECTUS

Antes dos Europeus
As Origens do Homem Americano

O Homem, quando chegou ao continente americano, já havia passado por uma longa evolução, desde o aparecimento do Homo Erectus, que viveu há 1,7 milhão de anos até 200 mil anos atrás. Pertencia ao grupo do Homo Sapiens. Não há, até o presente momento, unanimidade sobre a origem dos primeiros povos que colonizaram a América, mostrando ser assim um problema complexo. Diversas teorias abordam a questão, sendo a mais aceita aquela que defende terem os primeiros homens vindos da Ásia, através do Estreito de Bering, atingindo a América do Norte durante a última Era Glacial. Um grande volume de águas retidas nas geleiras provocou o abaixamento do nível das águas do mar, fazendo surgir uma ligação terrestre entre a Ásia e América. Segundo a pesquisadora Betty J. Meggers, "a mais antiga ponte terrestre existiu entre cerca de 50.000 e 40.000 anos atrás e foi usada por várias espécies de mamíferos do Velho Mundo (...) Após um intervalo de submergência que durou uns 12.000 anos, a ponte reapareceu entre cerca de 28.000 e 10.000 anos atrás". Nesse período, contudo, uma camada de gelo surgiu como obstáculo à passagem humana durante alguns milhares de anos. Acontece que, como esclareceu Meggers, "no decorrer de alguns milênios, antes que os segmentos de Leste e Oeste se fundissem e um corredor se abrisse novamente a ponte terrestre foi transitável." Permitindo, assim, a caminhada humana. Foi aproveitando essa oportunidade que os asiáticos teriam penetrado no continente americano.
Existem provas de caráter antropológico, etnográfico e lingüístico a favor da teoria asiática, mas Paul Rivet acreditou que essa não foi a única via de acesso do homem ao continente americano. Essas provas se restringiram a uma região, a parte setentrional da América do Norte, segundo Rivet. É justamente por essa razão que ele defende uma origem múltipla: os australianos teriam invadido a região mais meridional da América do Sul. Para Rivet, portanto, uma das influências étnicas que podem destacar-se na América é de origem australiana. Sua ação, por discreta e limitada que tenha sido, loga impor-se pela antropologia, pela lingüística e pela etnografia". Acredita ainda esse cientista que uma parte da América foi povoada pelos polinésios, apresentado provas lingüísticas, culturais e tradicionais.
Paul Rivet é de opinião que o Atlântico funcionou como uma barreira intransponível para que o homem chegasse até ao continente americano e que, "ao contrário, o litoral do ocidente da América foi permeável a migrações múltiplas, em toda a sua extensão. O Pacífico não se tornou de forma alguma um obstáculo. Foi, sim, um traço de união entre o mundo asiático, a Oceania e o Novo Mundo".
A teoria da origem múltipla de Raul Rivet foi defendida por alguns, porém combatida pelos seus adversários. A verdade é que, apesar do avanço nessa discussão, a questão ainda não foi totalmente solucionada.
A controvérsia não atinge apenas a via de acesso, mas igualmente a época em que os primeiros colonos povoaram a América. Para Betty Meggers, "as discordâncias surgem das informações esporádicas inconclusivas, da presença do homem do Novo Mundo entre 40.000 e 12.000 anos passados, datação que alguns autoridades aceitam e outras não."
O certo é que o "homem entrou no Novo Mundo enquanto estava ainda subsistindo à base de plantas e animais selvagens", nas palavras da mesma autora. Esse homem, ao migrar para outras regiões, caminhou a pé. Teria ocorrido, desse modo, várias migrações.
As primeiras comunidades agrícolas surgiram no México, na América Central, Equador e Bolívia. Viviam em pequenos bandos. Eram caçadores e coletores. À medida em que avançavam para o sul, segundo os que acreditam na origem única, asiática, as comunidades foram passando por mudanças, com o objetivo de se adaptarem ao novo ambiente. Essas adaptações foram importantes para o desenvolvimento dos diversos grupos.
A agricultura promoveu uma verdadeira revolução. Posteriormente, surgiram grandes civilizações: Astecas, Maias e Incas.




http://www.tribunadonorte.com.br/especial/histrn/hist_rn_1b.htm

Grupo de Teatro Maria Cardoso: SECRETÁRIO - IMBECIL - DE EDUCAÇÃO E CULTURA

Grupo de Teatro Maria Cardoso: SECRETÁRIO - IMBECIL - DE EDUCAÇÃO E CULTURA: Foto: Facebook O secretário de Educação e Cultura da cidade de União - PI é um pouco do retrato que acontece no nosso Brasil, onde igno...

História do RN - Uma Síntese

Da Pré-História ao Final do 2º Milênio

O homem primitivo, nascido em terras potiguares antes da vinda dos europeus, é bem mais antigo do que se imaginava.
Antes de chegar ao Nordeste, teria vindo possivelmente da Ásia, através do Estreito de Bering ou por outras vias. O fato é que, com o passar do tempo, atingiu as terras que formariam, no futuro, o Rio Grande do Norte.
Esses povos desenvolveram culturas, procurando se comunicar, inventaram um tipo de escrita, conhecida pelo nome de inscrição rupestre, uma linguagem formada por traços, círculos, pontos e até pinturas.
A coloniza européia, no Nordeste brasileiro, foi conseqüência da expansão do imperialismo europeu. Nesta região, tentaram se fixar franceses, espanhóis, holandês e portugueses.
Filipe II, da Espanha, ao anexar Portugal e suas colônias, procurou de imediato se apossar de todo o Nordeste e da região Norte. Mandou expulsar os franceses da Capitania do Rio Grande, construir uma fortaleza (a Fortaleza da Barra do Rio Grande ou, como é mais conhecida, Fortaleza dos Reis Magos) e fundar uma cidade.
A expedição armada, comandada por Mascarenhas Homem, fracassou, porém, Jerônimo de Albuquerque, os jesuítas e os líderes nativos conseguiram, através de navegações, a pacificação da região.
Expulsos os franceses, construída a fortaleza no dia 25 de dezembro de 1599, João Rodrigues Colaço fundou Natal, que deveria funcionar como núcleo inicial de colonização se desenrolasse de maneira lenta.
Os holandeses tentaram conquistar o Nordeste, primeiro, procurando se apossar da capital da colônia (1624/1625). Sonhavam com 8.000 florins que a Bahia arrecadava anualmente. E, a partir daquela capitania, conquistar todo o País. Foi, contudo, um sonho que se desmoronou, por sinal bem rápido.
O fracasso foi total, mas a idéia de tomar o Brasil da Espanha continuava, pois não admitiam a derrota que sofreram para seu grande rival... E fizeram uma segunda tentativa. Escolheram, agora, a terra do açúcar, Pernambuco!
Conseguem o seu objetivo, se apossando de Pernambuco e, ainda, avançam, conquistando todo o Nordeste.
O conde de Nassau, figura invulgar, procurou não apenas explorar as terras sob seu domínio, como desejava a Companhia Privilegiada das Índias Ocidentais, e sim agir como se fosse um "mecenas". Incentivou a arte, a ciência e a cultura. Mostrou-se, ao mesmo tempo, hábil político e bom administrador.
O Rio Grande possuía um vasto rebanho de gado bovino, necessário para abastecer os invasores. Era urgente, portanto, a sua conquista, após muita pesquisa - porque a fortaleza da Barra do Rio Grande (Reis Magos) aparecia como um grande obstáculo. Mas, ao contrário, a tomada da fortaleza foi bem mais fácil do que eles esperavam. Aqui, os holandeses agiram de uma maneira bem diferente: nenhuma preocupação pela arte, ciência, cultura. A capitania foi transformada numa fornecedora de carne bovina para Pernambuco.
No Rio Grande, o conflito se agravou por causa do fanatismo religioso, provocando dois grandes massacres: o de Cunhaú e o de Uruaçu.
Apesar da violência, a tradição indicava os holandeses como sendo os autores de obras importantes, como a fortaleza dos Reis Magos ou, então, a ponte (antiga) de Igapó, construída muito depois de sua expulsão... Existe apenas uma explicação para tudo isso: uma resistência, pelo menos a nível de subconsciente, contra a colonização lusitana.
O último ato dos batavos, no Rio Grande, foi mais violência. Vencidos, obrigados a deixar a capitania, lançaram fogo, destruindo o que podiam, inclusive, documentos.
Após os flamengos, a capitania conheceu outro momento de grande violência: "A Guerra dos Bárbaros". Provocada pelos brancos, que desejavam tomar a terra dos seus legítimos donos, ou seja, dos nativos. A violência gerou violência. Bernardo Vieira de Melo, compreendendo essa verdade, agiu com competência e justiça, conseguindo aplicar a região sob o seu comando.
Essas duas guerras, contra os holandeses e dos "Bárbaros", foram responsáveis pelo atraso, ou seja, impediram o desenvolvimento natural do Rio Grande do Norte.
No século XVIII, a economia tinha por base apenas a agricultura e a indústria pastoril.
A Revolução de 1817, em Recife, teve reflexos no Estado. José Inácio Borges, que governava a capitania, procurou reagir, sendo preso por André de Albuquerque. O movimento não contou com o apoio popular. A reação monarquista veio logo a seguir, triunfando. André de Albuquerque, ferido, foi levado preso para a fortaleza, onde faleceu.
A independência do Brasil foi outro acontecimento que não conseguiu entusiasmar o povo. Houve apenas uma festa para comemorar a emancipação política do País, no dia 22 de janeiro de 1823.
A Confederação do Equador, no Rio Grande do Norte, se caracterizou pela atuação de Tomás de Araújo Pereira, para evitar que ocorressem conflitos armados no Estado. Sofreu, chegando a se humilhar, porém, conseguiu o seu intento.
A escravidão representava, no final do século XIX, o atraso, identificada com a decadente monarquia.
O abolicionismo, ao contrário, representava o novo e para muitos fazia parte dos ideais republicanos. Foi, contudo, a princesa Isabel quem decretou o fim da escravidão, no dia 13 de maio de 1888.
A grande falha do abolicionismo, no Brasil, foi a de não ter lutado pela integração do negro na sociedade, após a sua libertação. Como resultado, os africanos e seus descendentes passaram por grande dificuldades. Alguns se deslocaram para regiões distantes das cidades, formando comunidades fechadas, como em Capoeira dos Negros.
A libertação dos escravos, no Rio Grande do Norte, foi defendida por grupos de jovens e intelectuais, que fundavam, em seus municípios, associações que batalhavam pela emancipação do negro.
Mossoró foi a primeira cidade que libertou seus escravos, no dia 30 de setembro de 1883.
A Proclamação da República, a exemplo de outros acontecimentos, não despertou grande entusiasmo no povo potiguar. Teve caráter meramente adesista.
No novo regime, predominavam os interesses da oligarquia Albuquerque Maranhão. Contra ela, se insurgiu José da Penha Alves de Souza, promovendo a primeira campanha popular do Rio Grande do Norte. Patrocinou a candidatura do tenente Leônidas Hermes da Fonseca, que não conhecia e nem desejava governar o Estado... Abandonado pelo seu candidato, José da Penha voltou para o Ceará, onde chegou a ser eleito deputado estadual.
Quando o eixo econômico passou do litoral (açúcar-sal) para o sertão (algodão-pecuária), apareceu uma nova oligarquia, liderada por José Augusto Bezerra de Medeiros, cujo domínio terminou com a Revolução de 1930.
O regime político, apodrecido pelas fraudes, corrupção, provocou o descontentamento de grupos militares e civis. Dentro desse contexto, Luís Carlos Prestes e Miguel Costa percorreram o País com uma tropa, a "Coluna Prestes", protestando contra o autoritarismo do presidente Artur Bernardes. A "Coluna Prestes" entrou no Rio Grande do Norte pela Zona Oeste, travando combates com a polícia, durante o governo de José Augusto Bezerra de Medeiros.
A ‘Questão de Grossos" começou no século XVIII, quando Rio Grande do Norte e Ceará não tinham definido suas fronteiras. O Ceará precisava do sal potiguar para poder fabricar suas carnes de sol. A Câmara de Aracati (Ceará) pretendeu além das de seu Estado, penetrando em terras do Rio Grande do Norte. Era a chamada "Questão de Grossos".
Em 1901, a Assembléia Estadual do Ceará elevou Grossos à condição de vila, incluindo no seu território uma vasta área do Rio Grande do Norte. Alberto Maranhão, governador do RN, protestou. Era iminente um conflito armado entre os dois Estados. Para evitar o agravamento da crise, a controvérsia foi levada para uma decisão, através do arbitramento. Na primeira fase, o resultado foi favorável ao Ceará. Pedro Velho, então, convidou Rui Barbosa para defender a causa potiguar. Essa defesa também contou com a participação de Augusto Tavares de Lyra. Como resultado, o jurista Augusto Petronio, através de três acórdãos, deu ganho de causa em definitivo ao Rio Grande do Norte, em 1920. A "Questão de Grossos" estava encerrada.
A República foi ingrata com o sertão, que continuou abandonado, isolado dos grandes centros urbanos, com a maioria de sua população na ignorância e na miséria.
No sertão dos coronéis, os mais humildes tinham três opções: viver eternamente agregado às famílias dos coronéis; integrar-se ao cangaço, ou penetrar no mundo místico, cujo fiéis terminavam enfrentando os coronéis e se transformavam em grupos de "fanáticos".
Lampião levou pânico ao interior nordestino, chegando a invadir Mossoró, sendo derrotado pelo povo daquela cidade, sob a liderança do coronel Rodolfo Fernandes.
O cangaceiro, no sertão, era um misto de bandido e de justiceiro, único a fazer frente ao absolutismo dos coronéis.
Jesuíno Brilhante é o representante potiguar típico do cangaço.
Os grandes místicos do Nordeste foram: padre Cícero e Antônio Conselheiro.
Os fanáticos da Serra de João do Vale, liderados por Joaquim Ramalho e Sabino José de Oliveira, foram os místicos mais conhecidos da história do Rio Grande do Norte. O fim deles, porém, foi melancólico, derrotados pelo tenente Francisco de Oliveira Cascudo.
A Revolução de 30 irrompeu no Brasil para modificar a estrutura política existente no País. Governava o Estado, Juvenal Lamartine, muito dependente do poder central, e teve, segundo seus adversários, uma preocupação básica: perseguir seus inimigos... Com a Revolução de 30, perdeu o governo, caindo sem resistir.
A Revolução de 30, no Rio Grande do Norte, significa, sobretudo, a atuação de João Café Filho. Foi um lutador, procurando isntalar no seu Estado os ideais revolucionários. Encontrando sempre a resistência das oligarquias, lideradas por José Augusto de Medeiros.
A Revolução de 30 enfrentou momentos difíceis, por causa da oposição das classes conservadoras, representadas pelo Partido Popular. O governo central orientou Mário Câmara para fazer uma composição de forças, com o Partido Popular. O interventor, entretanto, não conseguiu efetivar tal aliança. Em vez de pacificação, cresceu o clima de agitação, fazendo com que o final da administração se transformasse no período de maior violência ocorrido até aquele momento.
A classe operária, contudo, começou a se organizar, se unindo em torno dos sindicatos.
Cinco anos depois de ter ocorrido a Revolução de 30, surgiu outro movimento armado, a Intentona Comunista. Gerado, em parte, pelo descontentamento provocado pelo governo de Mário Câmara, e que foi liderada por um grupo de comunistas. Vitoriosa a rebelião, uma grande agitação dominou Natal, com estabelecimentos comerciais assaltados e, ainda, com assassinatos.
A resistência maior foi feita pela polícia, sob o comando do major Luís Júlio e do coronel Pinto Soares. Surgiu um mito, transformado em herói: o soldado Luiz Gonzaga.
Foi instalado o "Comitê Popular Revolucionário" no dia 25 de novembro de 1935. Circulou o jornal "Liberdade".
Com o fracasso da Intentona, no Recife e Rio de Janeiro, os rebeldes abandonaram Natal, seguindo o rumo do Seridó. Na Serra do Doutor houve o encontro dos fugitivos com forças sertanejas, com a debandada de ambas as facções... Terminava, assim, a Intertona Comunista. A repressão foi violenta,
Mas o destino de Natal não seria, apenas, a de ser palco de violência. A sua localização geográfica fazia com que a cidade fosse predestinada para ocupar um lugar de destaque na história da aviação, desde os primórdios, na época dos hidroaviões, quando grandes aeronautas passaram por Natal: marquês De Pinedo, Paul Vachet, Jean Mermoz, etc.
O primeiro aeroplano que aterrissou no Estado foi um Breguet, pilotado por Paul Vachet.
Em 1927, o coronel Luís Tavares Guerreiro indicou a Vachet um local apropriado para construir um aeroporto, que aeroporto, que servisse de pouso para os aviões da Lignes Latércoère. Aprovado, nasceu assim o Aeroporto de Parnamirim. Foi inaugurado por um "Numgesser-e-Coli", pilotado por Dieu Domé Costes e José le Brix, concluindo, com êxito, o roteiro Saint Louis do Senegal-Natal.
Graças ao empenho de Juvenal Lamartine, no dia 29 de dezembro de 1928 foi fundado o Aéro Clube.
Em 1º de janeiro de 1931, o navio italizano "Lazeroto Malocello", comandado pelo capitão de fragata Carlo Alberto Coraggio, chegava a Natal, trazendo a Coluna Capitolina, ofertada pelo chefe do governo italiano Benito Mussolini, para comemorar o "raid" Roma-Natal, feito pelos aviadores Del Prete e Ferrarin.
Cinco dias depois, Natal recebeu a visita da esquadrilha da Força Aérea italiana, comandada pelo general Balbo. Governava o Rio Grande do Norte, Irineu Joffily.
Natal iria ficar mais famosa ainda durante a Segunda Guerra Mundial. Os norte-americanos, nesse período, construíram uma megabase, que desempenhou um papel tão significativo no grande conflito que se tornou conhecida pelo nome de "O Trampolim da Vitória".
Em Natal, ocorreu a reunião entre o presidente do Brasil, Getúlio Vargas e o presidente dos Estados Unidos, Franklin D. Roosevelt, na chamada "Conferência de Natal" (28-1-1943).
A cidade cresceu, multiplicou sua população, foi visitada por personalidades ilustres de diversos países, e, sobretudo com o progresso, a população mudou de hábitos.
Para uma maior integração dos militares americanos com os nataleses, foram realizados, inúmeros bailes. Como conseqüência, houve uma invasão de ritmos estrangeiros: rumba, conga e boleros.
Natal, assim, perdeu definitivamente seu jeito de cidade provinciana.
O populismo se impôs, no Rio Grande do Norte, durante os anos 60, através de dois grandes líderes políticos: Aluízio Alves e Djalma Maranhão. O primeiro, oriundo do Partido Popular, se apresentava como sendo do Centro, iniciando o processo de modernização do Estado. O segundo nacionalista radical, homem de esquerda.
O golpe militar de 64 se caracterizou, no Rio Grande do Norte, apenas pelas perseguições a jovens e intelectuais da terra, como Moacyr de Góes, Djalma Maranhão, Mailde Pintou e outros. Luís Maranhão, ao que parece, foi morto pelas forças da repressão. Djalma Maranhão, exilado, com saudade do seu povo, morreu no Uruguai. Aluízio Alves, Garibaldi Alves e Agnelo Alves tiveram seus direitos políticos cassados pelo AI5
Na história educacional do Estado, um colégio se destacou: Ateneu, que se transformou num centro cultural de grande importância.
A "Campanha de Pé no Chão Também se Aprende a Ler" provocou uma verdadeira revolução no processo educacional do Rio Grande do Norte, nos anos 60, liderada por Djalma Maranhão, Moacyr de Góes e Margarida de Jesus Cortez.
O ensino "normal" passou por uma série de vicissitudes até o funcionamento do Instituto Presidente Kennedy. Inaugurado, por sua vez, com grandes festas, no governo de Aluízio Alves. Recentemente, foi redimensionado, ministrando o curso de 3º grau, visando a formação de um novo professor, cotando com a assessoria do professor Michel Brault.
A cultura no Rio Grande do Norte apresenta páginas brilhantes. Desde a fundação do seu primeiro jornal, "O Natalense", em 1832, pelo padre Francisco de Brito Guerra, até o presente momento, a imprensa escrita ocupou um lugar de destaque.
No século XIX apareceu o primeiro romance, "Mistério de um Homem", de Luís Carlos Lins Wanderley.
Nomes femininos que brilharam no século XIX e início do século XX: Isabel Gondim, Auta de Souza e Nísia Floresta.
Ferreira Itajubá é considerado o grande poeta do século XIX. A partir dessa época, surgiram grandes poetas até os dias atuais.
No dia 29-3-1902 foi fundado o Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte. Luís da Câmara Cascudo, no dia 14-11-1936, fundou a Academia Norte-Rio-Grandense de Letras.
O movimento cultural cresceu muito e jornais se multiplicaram em praticamente todos os municípios do Estado.
Na atualidade, algumas instituições têm contribuído para o desenvolvimento cultural do Estado: Fundação José Augusto, "Coleção Mossoroense" e Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
O estado conta, até o presente momento, com duas antologias, reunindo os poetas do Rio Grande do Norte: a primeira, organizada por Ezequiel Wanderley, foi publicada em 1922 sob o título "Poetas do Rio Grande do Norte" e a segunda, escrita por Romulo Chaves Wanderley, que publicou, em 1965, o "Panorama da Poesia Norte-Rio-Grandense".
Novas antologias estão sendo preparadas. Uma delas organizada por Constância Lima Duarte, juntamente com a poetisa Diva Cunha.
A economia do Estado teve um lento caminhar, prejudicada por períodos de longas estiagens. Teve alguns ciclos: gado, cana-de-açúcar, algodão, sal, etc.
A partir de 1974, com a abertura do poço pioneiro, o petróleo começou a crescer na economia estadual. Fala-se, agora, no "Pologás-sal", que caso venha a se tornar realidade, trará grandes benefícios para o Rio Grande do Norte.
O turismo é apontado pelos especialistas como um setor que tende a crescer, pela potencialidade que a terra potiguar possui.
Foi construída uma rede de hotéis na Via Costeira e recentemente a Secretaria Estadual de Turismo organizou uma grande festa que abriu a VI BNTM (Brazil National Tourism Mart). Durante o evento, mais de 2.000 participantes freqüentaram os estandes dos nove Estados, armados no Pavilhão Parque das Dunas, do Centro de Convenções, em Ponta Negra.
O Rio Grande do Norte se encontra incluído no polígono das secas.
O governo Garibaldi Alves elegeu a irrigação como uma das metas prioritárias de sua administração. O seu projeto é interligar as principais bacias, como uma maneira de levar água de boa qualidade para a população, incluída nas comunidades atingidas pela seca, com a irrigação de uma vasta área do território potiguar.
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