Entre o fim do Pleistoceno e o início do Holoceno, as áreas que hoje constituem o Nordeste brasileiro começaram a ser ocupadas por grupos de caçadores que se estabeleceram próximo aos rios e fontes d’água, adaptando-se, assim, às árduas condições dos sertões. Tal ocupação – proveniente da dispersão populacional americana vinda do Velho Mundo e que ainda hoje é cheia de polêmicas e controvérsias (cf. MELLO E ALVIM, 1995-1996; MARTIN, 1997) – já se havia consolidado há 12 milênios do presente, no Piauí e na Bahia, enquanto que para o Rio Grande do Norte as datações radiocarbônicas de enterramentos humanos são de 10 mil anos antes do presente. Por essa mesma época, coabitavam com os grupos humanos espécimes hoje extintas de megafauna, como tigres dentes-de-sabre, mastodontes, paleolamas, preguiças e tatus gigantes, os quais eram abatidos, provavelmente por meio de armadilhas ou de emboscadas (MARTIN, 1999, p. 24-26).
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