Um sítio arqueológico é um local no qual homens deixaram algum vestígio de suas atividades: uma ferramenta de pedra, uma fogueira na qual assaram sua comida, uma pintura, uma sepultura ou a simples marca de seus passos.
Na região do Parque Nacional, atualmente estão cadastrados 1.334 sítios, dos quais 1.028 com arte rupestre, sendo 735 sítios com pinturas, 206 com pinturas e gravuras e 87 somente com gravuras, 306 sítios são aldeias, oficinas líticas e alguns são já do período histórico. Esses números não são definitivos, pois continuamente são descobertos novos sítios no Parque Nacional e seu entorno.
Os sítios arqueológicos se diferenciam de acordo com o uso que os homens pré-históricos fizeram do local. Cada local pode corresponder a uma função, mas há casos, como as aldeias, onde vários tipos de atividades foram praticadas. Em uma aldeia, vive-se o que significa lugares para dormir, para cozinhar, para descansar, brincar, fabricar armas, utensílios, trabalhar a pedra, o barro para fazer cerâmica, a madeira. Todos esses trabalhos produzem vestígios que caem no solo e vão sendo, aos poucos, cobertos por sedimentos.
Assim sendo, os vestígios mais antigos são os que estão mais no fundo, pois, à medida que avança o tempo, novos vestígios caem, novas camadas de sedimento se formam e o sítio vai apresentando uma maior espessura de camadas arqueológicas.
Quando o arqueólogo começa a trabalhar, faz o inverso: com seu pincel e sua pequena colher de pedreiro, ele vai tirando os sedimentos e deixando no local os vestígios. Quando tira os sedimentos de uma camada, numera, registra, fotografa e retira os vestígios, passando então para a camada logo abaixo. Assim, ele vai do mais recente para o mais antigo.
Em geral, os sítios formam concentrações espaciais, pois correspondem a um povo, a uma cultura, que explorava um território dado, deixando nele suas marcas.
A pesquisa arqueológica começa pela prospecção, que corresponde à fase na qual os pesquisadores procuram encontrar vestígios que permitam o reconhecimento dos sítios. A seguir, passa-se à fase de documentação, em que se faz o levantamento topográfico do sítio, isto é, seu mapa no estado em que foi descoberto. Se há pinturas ou gravuras, elas são fotografadas e posicionadas no espaço do sítio. Em seguida, é dado início às escavações, única maneira de obter amostras para datar os achados e definir quais os povos que deixaram os vestígios encontrados.
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