Poderíamos tentar definir a vida com base nas propriedades universais evidentes na sua origem. Por exemplo, a replicação de moléculas pode ser acompanhada desde a origem da vida e representa uma de suas propriedades universais. Para estudá-la, precisamos entender como as moléculas orgânicas adquiriram a habilidade de multiplicação.
Mas, qual seria o limite entre os processos replicadores que caracterizam a vida e aqueles
que são meramente características químicas gerais da matéria de onde ela proveio?
A replicação de estruturas cristalinas complexas, em misturas químicas não relacionadas à vida, poderia ser confundida, por exemplo, com propriedades replicadoras de moléculas realmente associadas aos organismos vivos. Assim, definir a vida com base nas propriedades presentes em sua origem choca-se com o grande problema de que elas mais provavelmente eram compartilhadas com algumas formas não-vivas.
Para chegarmos a essa definição, devemos também nos basear na história da vida na Terra. Todos os organismos que tomam parte nessa longa história de um ancestral comum e
seus descendentes estão incluídos no conceito de vida. A história da descendência confere à vida uma identidade e continuidade que a separam do mundo não-vivo.
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