O salário mínimo de R$ 678
Com o reajuste de 9% no salário mínimo, anunciado pelo governo federal para vigorar a partir de 1 de janeiro de 2013, o valor da menor remuneração paga no país ficará em R$ 678. O aumento elevará para 239% o reajuste do mínimo acumulado em 10 anos. Como a inflação oficial no período, medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ficou em 99%, o aumento real do mínimo ficou em 70,49% nesses 10 anos.
Segundo o DIEESE, apenas o acréscimo de R$ 56 (de R$ 622 para R$ 678) deve representar um incremento de R$ 32,7 bilhões na economia. A instituição estima que cerca de 45 milhões de pessoas, com rendimento referenciado no salário mínimo, serão beneficiadas.
Salário mínimo e necessidades básicas – O DIEESE também realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica, que levanta o preço de 12 ou 13 produtos alimentícios, dependendo da região, em 18 capitais brasileiras. Com o valor do salário mínimo em R$ 678,00 e a cesta básica de janeiro estimada em R$ 300,00, o salário mínimo terá então um poder de compra equivalente a 2,26 cestas básicas. De acordo com a entidade, na comparação histórica, é o maior número de cestas básicas que o salário mínimo pode comprar desde 1979.
O coordenador de Relações Sindicais do DIEESE, José Silvestre, lembra que os aumentos no valor do salário mínimo foram obtidos após ação conjunta das centrais sindicais, que, nos anos 2000, desencadearam uma campanha nacional pela valorização desta remuneração. “Foi significativo o reajuste dos últimos anos, graças à intensa ação sindical. Em 1995, por exemplo, o mínimo comprava apenas 1,02 cesta.”, explica.
Mas o valor oficial segue abaixo das necessidades do trabalhador. De acordo com o DIEESE, em novembro de 2012, quando o mínimo era de R$ 620, para suprir as necessidades de uma família de quatro pessoas seriam necessários R$ 2.514,09, quatro vezes o valor que vigorava naquele mês.
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