Se estudarmos a literatura dos antigos Babilônicos e Sumérios, não mais poderemos acreditar na descrição de religião pagã que tem sido parte da tradição ocidental e ainda pode ser encontrada com freqüência em escritos modernos sobre religião. Ao invés de deuses caprichosos, agindo somente tendo em vista seus próprios desejos, encontramos divindades que se interessam pelo ordenamento organizado do universo e a regulamentação da história. Ao invés de arrogância e crueldade divinas, encontramos deliberação e compreensão.
Ao invés de ilegalidade e violência, vemos um desenvolvido sistema de leis e uma longa tradição de jurisprudência reflexiva. Ao invés de atitudes e comportamento imorais, encontramos deliberação moral, especulação filosófica e preces de penitência. Ao invés de ritos orgiásticos selvagens, lemos hinos, procissões, sacrifícios e preces. Ao invés do paganismo gentílico da imaginação ocidental, a literatura cuneiforme nos revela um politeísmo ético que comanda séria atenção e respeito (Introdução, pp. 2 e 3)
Professor Tikva Frymer-Kensky (1992) In the wake of the Goddesses: women, culture and the biblical transformations of Pagan Myth. Fawcet-Columbine, New York.
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