Deve-se
distinguir entre arte religiosa e arte sacra. A diferença está
fundada não tanto nos caracteres intrínsecos de ambos e na inspiração de cada
uma, mas no destino da obra artística. Existem obras de profunda inspiração religiosa
e que, não obstante isto, não são destinadas ao culto, e portanto, não devem
ser consideradas propriamente como sendo "arte sacra".
Em
geral, pode-se dizer que é arte religiosa aquela que reflete a vida religiosa
do artista. A virtude da religião
tende a produzir no homem uma atitude substancialmente interna, de submissão,
adoração, de fé e esperança e, sobretudo, de amor a Deus. A arte religiosa
deve ter esta mesma finalidade e para que isso ocorra é necessário que a arte -
conservando –o, característica intrínseca - se subordine ao fim da religião.
A
"arte sacra" é aquela arte religiosa que tem um destino de liturgia,
isto é, aquela que se ordena a fomentar a vida litúrgica nos fiéis e que por
isso não só deve conduzir a uma atitude religiosa genérica, mas há de ser apta
a desencadear a atitude religiosa exigida pela Liturgia, quer
dizer para o culto divino.
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