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sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

3- AÇÕES POLÍTICAS





Os servidores municipais já compreenderam através dos nossos fóruns de debates e discussões, que a representação política no Congresso Nacional, nas Assembleias estaduais e nos poderes executivos dos estados, municípios e federal, carece de representatividade e força intervencionista por parte dos trabalhador@s que defendam intransigentemente nossa pauta de reivindicações por mais direitos, salários e qualidade de vida, enfrentando o corporativismo empresarial, a concentração de renda, a negação de direitos e o autoritarismo da elite governamental,administrativamente conservadora.
A Fetam-RN entende quea democracia representativa nos molde que hoje se apresenta não acolhe a agenda da classe trabalhadora a contento das nossas necessidades laborais e de direitos, há não ser que seja pela via do enfrentamento direto das ruas e da pressão política pelos métodos tradicionais usados pelo movimento sindical operário: protestos, manifestações, greves, pressão popular. Neste contexto o Plebiscito Popular por uma Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político é uma tarefa que deve contar com nossos esforços no convencimento dos sindicatos filiados e outros atores sociais para uma mobilização social que tem por objetivo ir além do debate eleitoral. É chegada a hora de discutirmos que tipo de sistema político desejamos construir, posto que o Sistema atual não nos representa.
Apesar de alguns avanços pontuais, resultado da pressão constante dos trabalhador@s, com peso maior, os do serviço público, conseguimos aumentar as demandas para realização de concursos públicos, a política de valorização do salário mínimo aumentou o poder de compra da população, o Piso Salarial do Magistério e a criação do Fundeb abriu espaço para melhorias na educação, porém, dentro da dinâmica da manutenção das estruturas arcaicas do poder, a classe trabalhadora ainda sofre com a negação dos direitos e manobras que buscam esvaziar nossa cesta de benefícios, conquistadas, inclusive nos últimos dez anos, ao preço de muitas lutas.É a contradição datática neodesenvolvimentista adotada nos últimos governos.

Resistir a este modelo de repressão de direitos requer pensamento estratégico olhando para o cenário político-eleitoral e as propostas de mudanças através das reformas populares, para que possamos perceber qual a melhor forma de agir, se participando diretamente do pleito com apoio político as candidaturas que quase nunca nos representam na sua totalidade da ação direta, ou se provocando o debate junto às candidaturas que se assemelham com as nossas causas e propósitos afirmativos e delas possamos cobrar compromissos paraconsolidação dasnossas plataformas de lutas e açõesnos espaços de poder onde atuarão.
Diante do exposto, a Fetam-RNcultivará e estenderá sua linha política de ação e articulação direta entre os interesses dos servidores públicos municipais e da sociedade dialogando com as metas de organização (interna/externa), ações políticas (sindical e institucional) e planejamento/articulação e estratégias a serem alcançadas ao tempo em que consolidará o papel político-organizacional dos sindicatos filiados fortalecendo nossa base para os mais perenes desafios cotidianos que nos envolvem.
Ocupar espaços de construção e ampliação das políticas públicas que afetam positivamente a vida de toda a sociedade e dentre estes os servidores municipais é objetivo estratégico para ampliarmos nosso poder de intervenção nesses espaços de decisão. Com este foco a Fetam-RN reassume a cadeira no Conselho Estadual de Saúde, exatamente no momento em que o Governo Federal apresenta, neste sentido, uma política que vem de encontro aos anseios sociais. 

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