Os servidores municipais já compreenderam através dos nossos fóruns de
debates e discussões, que a representação política no Congresso Nacional, nas
Assembleias estaduais e nos poderes executivos dos estados, municípios e
federal, carece de representatividade e força intervencionista por parte dos
trabalhador@s que defendam intransigentemente nossa pauta de reivindicações por
mais direitos, salários e qualidade de vida, enfrentando o corporativismo
empresarial, a concentração de renda, a negação de direitos e o autoritarismo da
elite governamental,administrativamente conservadora.
A Fetam-RN entende quea democracia representativa nos molde que hoje se
apresenta não acolhe a agenda da classe trabalhadora a contento das nossas
necessidades laborais e de direitos, há não ser que seja pela via do
enfrentamento direto das ruas e da pressão política pelos métodos tradicionais
usados pelo movimento sindical operário: protestos, manifestações, greves,
pressão popular. Neste contexto o Plebiscito Popular por uma Constituinte
Exclusiva e Soberana do Sistema Político é uma tarefa que deve contar com nossos
esforços no convencimento dos sindicatos filiados e outros atores sociais para
uma mobilização social que tem por objetivo ir além do debate eleitoral. É
chegada a hora de discutirmos que tipo de sistema político desejamos construir, posto que o Sistema atual não nos
representa.
Apesar de alguns avanços pontuais, resultado da pressão constante dos
trabalhador@s, com peso maior, os do serviço público, conseguimos aumentar as
demandas para realização de concursos públicos, a política de valorização do
salário mínimo aumentou o poder de compra da população, o Piso Salarial do
Magistério e a criação do Fundeb abriu espaço para melhorias na educação,
porém, dentro da dinâmica da manutenção das estruturas arcaicas do poder, a
classe trabalhadora ainda sofre com a negação dos direitos e manobras que
buscam esvaziar nossa cesta de benefícios, conquistadas, inclusive nos últimos
dez anos, ao preço de muitas lutas.É a contradição datática neodesenvolvimentista
adotada nos últimos governos.
Resistir a este modelo de repressão de direitos requer pensamento
estratégico olhando para o cenário político-eleitoral e as propostas de
mudanças através das reformas populares, para que possamos perceber qual a
melhor forma de agir, se participando diretamente do pleito com apoio político
as candidaturas que quase nunca nos representam na sua totalidade da ação
direta, ou se provocando o debate junto às candidaturas que se assemelham com
as nossas causas e propósitos afirmativos e delas possamos cobrar compromissos
paraconsolidação dasnossas plataformas de lutas e açõesnos espaços de poder
onde atuarão.
Diante do exposto, a Fetam-RNcultivará e estenderá sua linha política de
ação e articulação direta entre os interesses dos servidores públicos municipais
e da sociedade dialogando com as metas de organização (interna/externa), ações
políticas (sindical e institucional) e planejamento/articulação e estratégias a
serem alcançadas ao tempo em que consolidará o papel político-organizacional dos
sindicatos filiados fortalecendo nossa base para os mais perenes desafios
cotidianos que nos envolvem.
Ocupar espaços de construção e ampliação das políticas públicas que
afetam positivamente a vida de toda a sociedade e dentre estes os servidores
municipais é objetivo estratégico para ampliarmos nosso poder de intervenção nesses
espaços de decisão. Com este foco a Fetam-RN reassume a cadeira no Conselho
Estadual de Saúde, exatamente no momento em que o Governo Federal apresenta,
neste sentido, uma política que vem de encontro aos anseios sociais.
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