Nosso planeta abriga uma enorme quantidade de seres vivos, entre plantas, animais e microorganismos. Diante de tamanha variedade, o homem procura respostas para a seguinte questão: como surgiram tantos seres diferentes?
A presente diversidade dos seres vivos desenvolveu-se ao longo de muito tempo. O patrimônio biológico com toda a sua diversificação é o produto de uma história que começou há cerca de três bilhões e oitocentos milhões de anos, aproximadamente 1 bilhão de anos
após a provável data de origem da Terra.
Desde tempos remotos, acreditava-se que, além da reprodução parental, a vida também podia se originar por geração espontânea a partir de material não-vivo. Por
exemplo, sapos pareciam surgir de poças d’água e moscas-varejeiras, de carne podre. Na Bélgica, em 1648, uma receita para produzir camundongos em laboratório foi elaborada
por Helmont, na qual utiliza os seguintes ingredientes: peça de roupa de baixo, manchada de suor, junto com um pouco de trigo em um vaso aberto. Após 21 dias, o odor mudava e, disso, emergia um rato adulto!!!
Em 1861, Pasteur convenceu os cientistas contemporâneos de que os organismos vivos não podiam surgir espontaneamente de matéria não-viva. Ao anunciar os seus resultados para a Academia Francesa, ele afirmou: “A doutrina da geração espontânea jamais
se recuperará deste golpe mortal”.
O bioquímico russo Oparin e o biólogo britânico Haldane, durante a década de 20, propuseram, em trabalhos independentes, que a vida se originara, na Terra, após um período muito longo de evolução molecular e que, através da combinação progressiva de pequenas
moléculas, outras mais complexas, auto-replicáveis, foram produzidas, formando conjuntos de microorganismos vivos.
FONTE
Araújo, Magnólia Fernandes Florêncio de.Biodiversidade : interdisciplinar / Magnólia Fernandes Florêncio de Araújo, Rosângela Gondim de Oliveira Araújo. - Natal [RN] : EDUFRN Editora da UFRN, 2006. 236 p.
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